quinta-feira, 10 de junho de 2010

Depoimento de uma servidora

Se eu fosse levar em conta tudo que me disseram quando estava por vir para Uruguaiana, em meados de 2007, talvez tivesse desistido... Apesar dos comentários não muito animadores, segui em frente. Chegando aqui, percebi que todos os que me desaconselharam a encarar um período na fronteira estavam enganados. Encontrei uma bela cidade. Limpa, organizada, iluminada, asfaltada e muito aprazível. Com muitas praças (não é em qualquer cidade que se pode tomar chimarrão em uma praça até tarde da noite, sem medo de ser assaltado), bons restaurantes, um povo muito receptivo e um lindo pôr do sol. Além disso, a proximidade de Paso de los Libres tem lá suas vantagens, principlamente em tempos de câmbio favorável aos brasileiros. E o inverno rigoroso de Uruguaiana pede um bom vinho argentino. Sem falar na gastronomia do país vizinho...
Entre opções de lazer para os fins de semana, a localização estratégica da cidade permite viagens a Buenos Aires e às termas sem ter que andar muito, só para citar alguns exemplos.
Claro, não existe um lugar perfeito. O inverno é rigoroso. O verão é abafado. Mas nada que um bom agasalho ou um condicionador de ar não resolva. Às vezes a distância também incomoda um pouco. Mas faz parte. Os vôos diários para Porto Alegre resolvem, em parte, o problema.
Agora, que estou prestas a deixar Uruguaiana, confesso que já estou com saudade. Principalmente dos amigos que fiz nessa terra e com os quais convivi nos últimos três anos. Mas a vida é feita de chegadas e partidas. Aos que chegam, desfrutem do período em que estiverem nesses pagos. Aos que ficam, obrigada pela amizade e companheirismo. Até a próxima...

Miele Rodrigues

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